quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Recordações


Os corpos imóveis, molhados, colados um no outro, com o forte desejo de nunca deixarem de sentir tudo aquilo; a ansiedade que se manifesta com vontade de revolucionar tudo o que está a acontecer; o corpo dele encostado no dela, gélido; o toque suave que a arrepia e o fechar dos olhos que a faz sonhar e viver no auge.
Ela acorda, sai em silêncio, deixa cair suavemente a manta sobre ele, sem que sinta o frio. Olha a paisagem, senta-se do lado direito da piscina tentando não se molhar. O sol e a aragem fresca fazem-se sentir no seu rosto. Brinca com a água e, no instante em que a última gota volta a cair, ele aparece. Os lábios dele parecem correr desenfreadamente em direcção aos dela. Ela fecha os olhos, a brisa parece ser cada vez mais fria, o sol mais quente ainda, e o sentimento parece aumentar a cada segundo.
Ele despede-se dizendo-lhe suavemente ao ouvido, por entre os cabelos, que a ama. Ela observa-o ao longe, sente uma lágrima no rosto, a imagem fica desfocada...






3 comentários:

  1. O texto está realmente belo. É tocante e profundo, gostei muito :D

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  2. e foi neste texto que imaginei tudo!
    ta simplesmente lindo!
    para nao falar na capacidade que a Joana tem para escrever!!
    Lindo
    *.*

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