sexta-feira, 13 de março de 2009

Lugares


Encontra-se num calmo e aconchegante café, repleto de imensos incênsos, com vários odores, puffs desencontrados, alguma luz reflectida por alguns castiçais com velas e uma música calma, harmoniosa que consegue purificar a alma de qualquer pessoa.

Está sentada á janela, olha o mar, uma vista incrívelperfura o seu olhar, as ondas vão e vêem e ela permanece ali.

Um rapaz, ainda novo, pára e encosta-se na sua mesa. Um casaco rasgado, as mãos sujas, despentadeado, trazia algumas rosas numa mão. Ela tira uma moeda do bolso e compra uma. Os olhos dele brilharam e esboçou um sorriso tão puro, tão sincero, como já não vira há muito tempo. Com uma voz meiga, agradeceu e foi embora.

Sentiu a alma tranquila por tê-lo visto sorrir daquela forma, mas também uma tristeza que lhe invadiu o coração.

É assim o mundo em que vivemos, um misto de sentimentos e, aí, ela repara que há momentos, tão ou piores, que os que ela diz serem a razão da morte da sua alma.

Ainda sobrevive...

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